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PROJETO – SITE PEDAGÓGICO DE AUTOAPRENDIZAGEM

Educar-se: Interdisciplinaridade e Autoaprendizagem  nas Artes Visuais

INTRODUÇÃO

A interdisciplinaridade propõe a visão de todo superando a racionalidade científica do positivismo; interagindo duas ou mais disciplinas sem fragmentar o conhecimento e em busca de relevância social para o currículo, conforme Fazenda (2001) e Saviani (2003). 

O Educar-se: Interdisciplinaridade e Autoaprendizagem  nas Artes Visuais pretende ações e intervenções e-Arte/educativas em contextos educativos, a partir de uma postura crítico-reflexiva e interdisciplinar. A interação ou o diálogo  entre os diversos tipos de linguagens artísticas potencializa a leitura e visão do mundo; bem como, proporciona o aprendizado de ideias e instrumentos emancipatórios, em especial, no meio digital.

Essa prática investigativa pode se relacionar a formação de educadores e educandos, que se potencializará na ação reflexão das suas práxis  pedagógicas e diversificação dos meios de aprendizagem.

A disponibilização de recursos pedagógicos variados no site visa a auto-aprendizagem, por meio de blog, galerias interativas, experiências exitosas, vídeo aulas, material de apoio, dentre outros.

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TEMA/PROBLEMA

Como a interdisciplinaridade pode contribuir para o processo de ensino aprendizagem das Artes Visuais no âmbito da arte/educação intermidiática digital, no Ensino Fundamental?

OBJETIVOS

Geral

  • Desenvolver site de apoio a autoaprendizagem intermidiática digital para a contribuição no processo de ensino aprendizagem das Artes Visuais, por meio da interdisciplinaridade, no Ensino Fundamental.

Específicos

  • Compartilhar ações pedagógicas interdisciplinares em Artes Visuais por meio de recursos intermidiáticos digitais.

  • Estudar ações da arte intermidiática digital que possam impulsionar as habilidades do uso dos recursos tecnológicos, aplicando-os na pesquisa e na elaboração de projetos no contexto da  e-arte/educação intermidiática crítica.

  • Potencializar a autonomia, a autoria e o trabalho coletivo nas atividades artísticas de forma interdisciplinar por meio de diversos recursos.

JUSTIFICATIVA

A proposta apresentada justifica-se  pelo seu caráter interdisciplinar que segundo Saviani (2003) é uma das melhores formas de trabalhar o currículo nas escolas.  Pois, vive-se um momento “inter”[1] diante da interculturalidade e da internet, por exemplo. Tornando a interdisciplinaridade um princípio de potencialização da aprendizagem e das relações educativas com a soma de informações e conhecimentos; sem,no entanto, desconsiderar o saber de cada ciência.

"Trabalhar de forma integrada é um entendimento da Proposta Triangular ao relacionar o fazer artístico, a leitura e a contextualização; estando, dessa forma, aberta aberta à interdisciplinaridade". (BARBOSA, 1998 apud IOP, 2008)

 

Celso Antunes (2004) considera que uma das competências a serem desenvolvidas  é a de saber localizar, acessar, contextualizar e usar melhor as informações disponíveis.  Recebendo de maneira crítica e analítica as informações que ‘transbordam’ dos e pelos meios de comunicação.  

Perceber as múltiplas linguagens utilizadas pela humanidade é outra competência necessária e ao processo de ensino aprendizagem que poderá  ser potencializado pelo uso das novas tecnologias. Por exemplo, em experiências pedagógicas que instiguem a interpretação em quadros, composições, arquitetura e dança. 

Configurando-se, então,  a importância do Educar-se: Interdisciplinaridade e Autoaprendizagem  nas Artes Visuais como ferramenta de autoaprendizado em decodificação visual,  por meio do trabalho dos professores com seus alunos na Educação Básica. Pois, o site oferece atividades Arte/Educativas  intermidiáticas digitais para alunos que podem auxiliar os trabalhos dos professores em sala em diversas disciplinas.

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Educar-se: Interdisciplinaridade e Autoaprendizagem  nas Artes Visuais, tem como foco ações e-arte educativas e as suas especificidades relacionadas à comunicação, considerando a: produção, leitura, interpretação, contextualização e interdisciplinaridade.

Diante de todo esse processo, Antunes (2004, p.26) reforça que: “Faça-os descobrir que a Arte, mas também os conceitos de uma ciência, se apreendidos com perfeição, podem ser expressos através de inúmeras linguagens e que é essencial que as exercitem em sala de aula”.  

Mesmo com a possibilidade de ter o virtual com diversas linguagens artísticas; nada supri o prazer sensorial, emocional e estético o sentir as texturas, as temperaturas, as formas dos instrumentos ou do barro nas mãos; além, dos movimentos corporais diante da sonoridade dos ritmos. Enfocando-se que:

"O sentido de vitalidade e a explosão de emoções que sentimos quanto comovidos por uma das artes pode, também, ser assegurada nas ideias que exploramos com os estudantes, nos desafios que encontramos em fazer investigações críticas e no apetite de aprender que estimulamos". (EINSER, 2008, p.11)

Encarar a e-arte/educação como potencialização das culturas é um dos principais objetivos no ensino aprendizagem. Pois, agregando novas informações e experiências aos seus hábitos os jovens ampliarão a sua visão artística, cultural e de mundo. Permitindo-se novas interpretações, interações, gerando e propagando conhecimento em todos os meios.

Cunha (2014, p.08) afirma que: “Na arte-educação digital, o usuário deve ser encorajado a questionar seus valores culturais concernentes à cultura digital já agregados em seus hábitos, para (re)significá-los...”  Ainda ressaltando que vivenciar é o termo mais adequado para utilização da obra de arte digital; que de forma metassensorial interpenetra o conhecimento sensório com o cognitivo.

Ao pensar na interdisciplinaridade e no multiletramento, pode-se considerar possibilidades infinitas do uso da tecnologia nas práticas sociais e nas pedagógicas. Atualmente, registra-se tudo por meio de filmagens e fotografias. Mas, se formos parar para pensar o porquê de todo esse registro, qual seria resposta?

Crê-se que na escola deveria-se iniciar um trabalho com este tipo questionamento e a análise das respostas. Afim de diagnosticar, de aprofundar, de ressignificar  o uso ético, o estético e o político dos novos recursos de registro e de divulgação; oportunizando a valorização da comunicação da experiência (BONDIA, 2002) e não apenas de informar a quantidade de selfies e as suas falsas impressões, por exemplo.

Martins (1998) considera que há necessidade de uma alfabetização das linguagens artísticas para potencializar uma efetiva interação inter e multicultural. Ressaltando que essa comunicação não se dá apenas por palavras; pois, sabe-se dos pensamentos e culturas de outras época e países por meio do cinema, fotografias, quadros e outras linguagens da arte.

Desenvolver trabalhos relacionados às Artes Visuais, no Ensino Fundamental I, potencializa a cognição, afetividade e motricidade devido às diversas linguagens artísticas presentes nelas.

 

METODOLOGIA

Os recursos pedagógicos disponibilizados no Educar-se: Interdisciplinaridade e Autoaprendizagem  nas Artes Visuais  visam  ao desenvolvimento  da autonomia, da crítica, da autoria e do trabalho coletivo e colaborativo nas atividades artísticas de forma interdisciplinar.

O acesso às vídeos-aulas e aos demais recursos disponibilizados no site Educar-se possibilitarão o conhecimento de práticas aplicadas em sala de aula e que subsidiam a ação/reflexão sobre a interdisciplinaridade e o uso das novas tecnologias. A disposição de links para outros recursos pedagógicos, disponibilizados nas abas, conduzem a potencialização do multiletramento digital;  já que, terão a acesso a leitura e escrita como práticas sociais e uso das tecnologias no ensino.

A prática de multiletramento digital, em atividades envolvendo as Artes Visuais de forma interdisciplinar, poderá ser percebida no acesso aos dados disponibilizados no menu do site: blog, sites educativos, experiências exitosas, galeria interativa, opiniões em charges, propostas de aplicativos em práticas pedagógicas e outros.  Dessa forma, haverá uma contribuição para que a  tecnologia faça sentido primeiramente para os professores, pois sendo um agente de letramento poderá ampliar o uso do referido site como ferramenta de auto-aprendizagem para eles e os alunos. “Ao propor em sala de aula o acesso do aluno a textos de diversos gêneros que circulam socialmente, o letramento favorece o trabalho interdisciplinar.” (PASSOS, 2014, p.228)

Paulo Freire (1987, p.78) reforça que:  “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”. A educação problematizadora e dialógica; emancipadora e política tem como base a valorização da cultura do aluno no processo de conscientização. Por meio de temas geradores extraídos da fala dos educandos e organizados pelos especialistas de forma interdisciplinar.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de aula. 5 ed. Petropólis: Editora Vozes, 2004.

CUNHA, Fernanda Pereira da.  Performances culturais intermidiáticas: você tem fome do quê? Consumo de sinais (2014) In: http://moodle.emac.ufg.br  Acesso: setembro, 2017.

BONDIA, J. Larrosa. Notas sobre o saber da experiência. In Revista Brasileira de Educação, número 19, 2002. http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n19/n19a02.pdf. Acesso: dezembro, 2018.

EISNER. Elliot E. O que pode a educação aprender das artes sobre a prática da educação?. Currículo sem fronteira, v. 8, n. 2, pp.5-17 jul/dez. 2008. In: http://moodle.emac.ufg.br/course/view.php?id=223. Acesso: setembro, 2017.

FAZENDA, Ivani (org.). Práticas Interdisciplinares na Escola. São Paulo: Cortez, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.https://onlinecursosgratuitos.com/17-livros-de-paulo-freire-para-baixar-em-pdf-livros-de-pedagogia/ Acesso: fevereiro, 2018.

IOP, Elisa. O multiculturalismo e o ensino das Artes Visuais no Brasil. Visão Global, Joaçaba, v.11, n.2, p.151 – 162, jul./dez. 2008.

MARTINS, Mirian Celeste Ferreira Dias. Didática do Ensino de Arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

PASSOS, Célia Maria Costa. Letramento e alfabetização. 3º ano. – 5.ed. – São Paulo:IBEP, 2014.

SAVIANI, Nereide. Saber Escolar, currículo e didática: problemas da unidade conteúdo/método no processo pedagógico - 4 edição - Campinas, SP; Autores Associados, 2003.  https://www.webartigos.com/artigos/transdisciplinaridade-interdisciplinaridade-e-multidisciplinaridade/34645/#ixzz50IEjGUwc. Acesso: dezembro, 2017.

 

REFERÊNCIAS DE SITES EDUCATIVOS

https://novaescola.org.br/conteudo/8081/interdisciplinaridade

https://rede.escoladigital.org.br/ead_rede

https://canaldoensino.com.br/blog/

 

[1] Depoimento Provocativo Prof  Dr. Fernando Azevedo /UAG - UFRPE (arquivo em pdf)

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